O processo de conhecer a si próprio é uma importante chave que permite à pessoa ter maior clareza sobre os motivos e finalidades de suas ações. Encontrar mais facilmente as respostas para as perguntas porquê e para quê: escolho isto? Reajo desta forma? Sinto-me assim? Estou vivendo novamente esta mesma situação?
Quando a pessoa não se conhece estas respostas faltam. No lugar da clareza há a escuridão e o desconhecido e talvez no máximo a única resposta possível seja: “Não sei!”.
Pra completar, a pessoa provavelmente de tempos em tempos se perceberá repetindo a mesma história, o mesmo padrão. Como, por exemplo, aquela típica situação em que muda o/a parceiro/a amoroso/a buscando viver uma relação diferente das anteriores mas, quando se dá conta percebe que esta relação é muito semelhante às anteriores, senão idêntica - falando assim parece até um enredo de um filme de terror, não é mesmo?!
Neste momento vêm o peso emocional de notar que, sem perceber, ficou como que travado na mesma história e abdicou do controle da própria vida. Está agindo no escuro, indo com a maré. Cito aqui a famosa frase de Carl Gustav Jung, quando fala que "até você se tornar consciente o inconsciente irá dirigir sua vida e você vai chamá-lo de destino".
Ou seja, se a pessoa não está escolhendo e agindo conscientemente então algo inconsciente está escolhendo por ela, e assim, está no controle do seu viver.
RETOMANDO A DIREÇÃO DA PRÓPRIA VIDA
Mas calma, é possível sim retomar este controle a partir desta importante chave que é o autoconhecimento! E que bom que existem recursos terapêuticos para auxiliar neste processo como a própria Psicoterapia de orientação Analítica Junguiana, que é um excelente suporte profissional.
É por tudo isto que construir uma maior consciência de si é tão importante e reflete concretamente na vida cotidiana, pois a pessoa consegue compreender os motivos e as finalidades de seus padrões de comportamento, tendo a chance, assim, de modificá-los para melhor.
Como diz Carl Gustav Jung, “e como poderá ver claramente, quem não se vê a si mesmo, nem às obscuridades que inconscientemente impregnam todas as suas ações?” (OC, Vol. 11/1, §140).
Ter mais clareza de si é consequentemente ter mais clareza na vida no geral, nas situações e relações vividas. É vivenciar situações tal qual estas se apresentam, é se relacionar com as pessoas reais ao invés das imaginadas, é se reconhecer como se é ao invés de como se supõe ser.
É destravar a vida ao romper com velhos padrões e com este ciclo de situações repetitivas, revelando um viver mais consciente, autêntico e significativo.
Referência: JUNG, C. G. Psicologia e Religião Ocidental e Oriental. O/C, v. 11/1. 10. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.
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